10 de out. de 2012

O racismo, machismo e demais "ismos" na sociedade brasileira

Você ri disso ? Se ri, procure ajuda imediatamente. 


Vou ter que sair drasticamente do assunto deste blog e escrever sobre coisas nojentas que acontecem no mundo, especialmente na internet, onde se confirma dia a dia como as pessoas se sentem a vontade para por cá, revelarem suas verdadeiras faces, sem pudor algum, mostrando a lama que de fato são.

Que acontecem pela falta de valores, de humanidade e vergonha na cara de boa parte de pessoas que se julgam melhores que as outras, seja por qual razão for: social, racial, religiosa, de gênero...
Ao abrir meu Twitter me deparei com uma mensagem onde havia um link para um post do Blogger onde, um conhecido humorista (?), o mesmo que já ofendeu mulheres ao escrever que "Mulher feia tem que agradecer se for estuprada", perguntou a um militante negro se ele queria bananas. O pior, se é que pode ser pior, são dezenas de prints onde o inominável (me recuso a escrever o nome do protofascista-humorista-de-alcova) recebe não só apoio como vários de seus seguidores continuam com o racismo sórdido.







Isso é ser artista ?



 Humorista ? 



Famoso ? 



Celebridade ?




 Até quando o inominável vai sambar na cara da justiça brasileira ? Eu  sei exatamente o que anda acontecendo com a nossa sociedade que tem regredido, tornado público, com o advento da internet, seus preconceitos mais imorais. A mídia  e a televisão tem feito aflorar sentimentos negativos, ódios gratuitos ao pregar em suas novelas e noticiários que há privilegiados, e que é melhor para você, fazer parte dessa panela ou estará condenado a ser chacota. 

Não há um capítulo da novela das 20:00hs da Rede Globo onde a mulher, qualquer delas, seja xingada de vagabunda, piranha, vadia e por aí vai. A bola da vez agora, é a atriz Eliane Jardine, sendo sempre "xingada" de velha, como se envelhecer depusesse contra a mulher. Depois, essa mesma mídia sem-vergonha passa outro programa, com o oferecimento de algum anunciante, onde fingem se indignar com a falta de civilidade com que os idosos de seu país são tratados. Mas não se esqueça, quem deu a senha foi a mesma, alí, subliminarmente, ou nem tanto, em seus programas diários de entretenimento. 

Negros nas tais novelas,  só da copa para trás, fazendo papel de serviçal da casa grande ou então em papel de bandido. Isso é mostrar, mui "claramente",  a maioria da população brasileira, qual é o lugar daqueles que possuem um pouco mais de melanina. 

Programas de "humor" inteiros, do início ao fim vomitando preconceito onde as mulheres são as principais vítimas. Sim, vítimas sim, são reduzidas a ser bunda, vagina e seio em tais programas, esculachadas do início ao fim, reduzidas a objeto masturbatório-sexual. Até quando ? 

Homossexuais sempre caricaturesco, fúteis,  a margem da sociedade.


Precisar ter uma lei para coibir o racismo, outra para coibir a violência contra a mulher, outra para assegurar aos homossexuais o direito a gozar de cidadania plena,  já aponta bem o tipo de sociedade em que vivemos: do individualismo, egocentrismo, autoritarismo social e violência gratuita, tudo isso, sem que percebamos, valores passados há décadas pelos folhetins globais, pelos enlatados do norte e pelas manchetinhas das revistinhas semanais, tudo bem "inha".
 Fico me perguntando onde está o bom senso, nem pergunto por justiça pois essa, já deu-nos uma resposta dura essa semana ao rasgar a constituição brasileira e, condenar sem provas um réu no processo 470, vulgo Mensalão. Isso tudo que se desenha é muito perigoso, abre precedentes, estão com a caixa de Pandora entre aberta, você pode até rir ou achar isso tudo engraçado mas perceba, amanhã pode ser você o motivo do riso e escarnio. Deixo aqui, um texto de Bertold Brecht para a reflexão, e, para quem gosta de se informar, um vídeo de como somos treinados para a discriminação, a opressão e os preconceitos.  .


Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.


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